Arquitetura parasita - 2° Orientação
Nessa semana vou aprofundar um pouco mais a problematização sobre o meu quarto. Alguns pontos que já ressaltei anteriormente são:
- a privacidade dentro e fora do quarto: sinto que há um meio termo nessa questão, já falei aqui da porta que não tem tranca e com isso fica o tempo todo aberto e a cortina na janela, quando eu preciso de mais privacidade basta fechar as duas ou apenas uma;
- a disposição dos móveis do meu quarto: por mais que seja um espaço médio consigo modificar os três cômodos principais da forma como me interessa mais em determinada época do ano;
- com a pandemia houve uma mudança minha em relação ao meu quarto, eu ficava nele de 01 da manha até as 5 da manhã, o restante do tempo ou estava fora de casa ou precisava usar o computador para estudar (e o computador ficava na sala). Com o isolamento meu quarto passou a ter várias finalidades: além de dormir passou a ser local de trabalho no home office, sala de aula pro ensino remoto, espaço de estudo e com isso fico basicamente 24hrs por dia no quarto e isso causou uma grande mudança na minha relação com o espaço;
Tendo em vista esses 3 pontos principais comecei a pensar em outras coisas, como minha relação com a paisagem exterior começou a ser a partir da janela do quarto, que considero ser bem ampla, e ficando na laje da minha casa que proporciona uma visão 360° da paisagem urbana. Esses dois locais se tornaram bastante importantes pra mim. São espaços que estando neles consigo ver a movimentação, da rua e do bairro algo que me agrada muito.
Vista da janela. Me lembra muito a música "Paisagem da Janela" de Lô Borges/Fernando Brant e cantada também por Milton Nascimento. |
Pensando no meu parasita decidi elencar alguns pontos que eu gostaria de pensar neles ao fazer, mas não necessariamente usar todas elas, apenas para fins de ajudar na construção de ideias:
- buscar ampliar ou no mínimo manter a paisagem vista;
- parasita poder auxiliar na melhoria do conforto térmico no interior do quarto (a fachada é voltada para o oeste e com isso há todo um problema que tem como resultado o quarto muito quente durante a noite);
- trazer uma questão de público e privado em relação ao espaço da rua (no mapa abaixo é possível ver a delimitação do terreno que está minha casa, em azul é o espaço da construção em si e em amarelo é o telhado que fica acima da janela do quarto), o meu parasita será muito provavelmente sustentado no solo, ou seja, no passeio, ele se acoplando no passeio vai gerar um espaço privativo acessado pela janela do quarto e vai gerar um espaço coberto abaixo dele, um espaço livre para quem está na rua, o que eu poderia fazer com esse espaço?
- um outro ponto seria de conexão de espaços, meu parasita poderia possibilitar que eu acesse o outro espaço da casa que se tornou importante pra mim (a laje) sem que eu tenha que percorrer todo o restante da casa?
- um outro ponto seria: esse parasita pode se tornar uma conexão do meu espaço com um espaço mal utilizado que tem na casa? (representado de verde na foto);
- e por último: como esse parasita poderia melhorar minha relação com o espaço em termos psicológicos?
Pensando em elementos estruturais que podem auxiliar nas ideias tem: a janela do meu quarto, acima dela um telhado de 1 água, uma marquise que rodeia o espaço em azul, a laje acima do quarto e o grande passeio um andar abaixo.
A partir de todos esses pontos busquei propor um pequeno modelo de parasita, ainda inicial, mas pensado a partir da problematização feita acima e na postagem anterior. Fiz apenas a parte externa, que ao meu ver seria a menos importante, apenas para ver aspectos de sustentação. A parte mais importante que vejo é o interior do parasita e de que forma consigo articular ele com outros elementos. Será mais interessante fazer um parasita apenas no meu quarto? ou um que pegue os três quartos e ainda aproveite um espaço inabitado da casa? ainda tem muitos pontos para pensar e analisar.
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